Duros de roer

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Parece que Portugal é um dos países com maior esperança média de vida para o desenvolvimento sócio económico que tem, segundo o estudo conómico do país”, conclui o estudo Global Burden of Disease 2016.
Os homens vivem em média até aos 77,8 nos e as mulheres 84 anos.
Este estudo só prova mais uma vez que somos um povo com garra. Com fôlego.
Claro que as condições económicas não são as melhores da Europa, mas também não são as piores do mundo.
E, felizmente Portugal continua a ser um país seguro. Onde o ar que respiramos ainda é puro e onde podemos andar descansados na rua.
O nosso sistema nacional de saúde apesar de burocrático e um pouco moroso, consegue dar resposta, e pode não ser o melhor do mundo, mas também não é o pior. Se bem que era de repensar o fecho das urgências em alguns centros de saúde.
Os programas de apoio aos idosos, os lares e a consciencilizaçao que a idade é sabedoria, creio que tem ajudado a prolongar a nossa vida. Às vezes, não da forma que gostávamos, pois a ideia de que os filhos têm disponibilidade para cuidar dos pais cada vez está mais ténue.
Está geração de idosos é uma geração de trabalho árduo. Muitos trabalharam e trabalham na terra. Outros, menos, estudaram e conseguiram um lugar melhor.
Alguns ainda recordam os horrores da guerra, onde batalharam ou de onde fugiram.
Depois há os que voltaram de mãos a abanar, num sofrimento atroz, na incerteza de uma vida boa. E que sofreram con a marca de retornados.
Há ainda os que contam as histórias de como uma sardinha dava para uma família de sete. Das caminhadas de quilómetros que faziam para o trabalho.
Os nossos idosos são duros de roer. E com eles devemos aprender a ser lutadores e perseverantes.