Não sou médica ou profissional de saúde, não sou ministra ou filiada, não sou líder sindical nem especialista na matéria, sou utente.
Como utente, tenho vindo a observar o estado das urgências públicas nas unidades de saúde familiares e nos hospitais, como utente e como acompanhante. Não é o primeiro ano em que há macas espalhadas pelas urgências dos hospitais, infelizmente é uma situação que se tem prolongado e que, a alguns, já não causa estranheza.
Também não é o primeiro ano, que os utentes desesperam para serem atendidos. Recordo-me que há cinco anos atrás o meu avô esteve no hospital o dia todo e só à meia-noite é que os profissionais de saúde o decidiram internar.
Recordo-me de ter ido para o hospital para ser consultada por um médico especialista e ter regressado à uma da manhã, porque o médico já não estava de serviço.
Recordo-me que no ano passado esperei horas a fio que o meu filho com meio ano fosse atendido na urgência pediátrica.
Recordo-me que há uma semana estive duas horas e meia com o meu filho nas urgências do hospital, desta vez foi logo atendido, mas pais, avós e tios desesperavam à espera.
A falta de profissionais, o fecho de urgências em unidades de saúde familiares, a lacuna de meios, são constrangimentos de anos que como uma bola de neve aumentam.
Se há interesse em manter o caos? Pois, não me cabe a mim responder.
Se há solução? Talvez, existam várias. Agrada-me a ideia de urgência geriatrica, mas não me agrada o abandono que sofrem os nossos seniores pelos cantos dos hospitais.
Agradava-me igualmente que a urgência pediátrica fosse dividida por idades, não considerando coerente comparar um bebé com um adolescente, em questões de triagem.
Fica no ar a pertinência de uma mudança estrutural no nosso sistema de saúde, pois sou apenas e só uma mera utente que no inverno também se constipa.
Como utente, tenho vindo a observar o estado das urgências públicas nas unidades de saúde familiares e nos hospitais, como utente e como acompanhante. Não é o primeiro ano em que há macas espalhadas pelas urgências dos hospitais, infelizmente é uma situação que se tem prolongado e que, a alguns, já não causa estranheza.
Também não é o primeiro ano, que os utentes desesperam para serem atendidos. Recordo-me que há cinco anos atrás o meu avô esteve no hospital o dia todo e só à meia-noite é que os profissionais de saúde o decidiram internar.
Recordo-me de ter ido para o hospital para ser consultada por um médico especialista e ter regressado à uma da manhã, porque o médico já não estava de serviço.
Recordo-me que no ano passado esperei horas a fio que o meu filho com meio ano fosse atendido na urgência pediátrica.
Recordo-me que há uma semana estive duas horas e meia com o meu filho nas urgências do hospital, desta vez foi logo atendido, mas pais, avós e tios desesperavam à espera.
A falta de profissionais, o fecho de urgências em unidades de saúde familiares, a lacuna de meios, são constrangimentos de anos que como uma bola de neve aumentam.
Se há interesse em manter o caos? Pois, não me cabe a mim responder.
Se há solução? Talvez, existam várias. Agrada-me a ideia de urgência geriatrica, mas não me agrada o abandono que sofrem os nossos seniores pelos cantos dos hospitais.
Agradava-me igualmente que a urgência pediátrica fosse dividida por idades, não considerando coerente comparar um bebé com um adolescente, em questões de triagem.
Fica no ar a pertinência de uma mudança estrutural no nosso sistema de saúde, pois sou apenas e só uma mera utente que no inverno também se constipa.
Como te compreendo. Trabalho num serviço de urgência e, de dia para dia ,as coisas estão a degradar -se a ” olhos vistos”. Há falta de profissionais ( médicos, enfermeiros , técnicos, auxiliares e administrativos ). Falta de muita organização , falta de implementação de estratégias , definição de prioridades, enfim..a lista não tem fim. São médicos com sucessivas escalas de 24h, enfermeiros que em 3 dias completam quase as 40h semanais .. é desumano para os utentes e para os profissionais .. depois temos os gestores / administradores dos hospitais a mentirem com todos os dentes que têm na boca...metem nojo !,, só de escrever estas frases já estou numa ansiedade ...vou terminar por aqui.. bjs
ResponderEliminarTriste retrato! Acredito que os profissionais de saúde acabem por levar por tabela, fase a um sistema que se tem vindo a deteriorar.
EliminarAliás sou solidária com reivindicações de aumentos de ordenados e redução do número de horas de trabalho. Eu quero ser atendida por profissionais no seu estado de capacidade máxima e não com duas horas de sono.
Fala-se em interesses particulares, mas isso a mim não me interessa, afinal eu e os outros contribuintes descontamos todos os meses para podermos ter acesso a um sistema público.
Resta-me agradecer pela partilha e esperar que tudo melhore.