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Nós, mulheres

Num mundo onde a mutilação genital feminina é uma realidade, onde há meninas a casarem, hoje é dia para fazer jantares, pelo menos por cá no ocidente, onde nos vestimos de preto para combater o assédio sexual.
Nós, mulheres, somos muito mais que vítimas, somos capazes. E este texto não é um discurso feminista, é apenas uma constatação.
No dia de hoje, é quase inevitável lembrar-me da nossa capacidade inata de gerar vida, de sangrar e de parir. Nós, fêmeas, devemos ter orgulho nisso, já que isso sim é uma capacidade que temos em exclusivo.
Também é impossível não pensar na longa caminhada que ainda temos pela frente no que respeita a cargos políticos, muitas vezes pertencendo a listas partidárias quase por obrigatoriedade, ou à igualdade no mundo profissional que prefere não ter grávidas, ou mães de baixa para apoio aos filhos.
Neste dia, lembro-me igualmente dos números de vítimas de violência doméstica e das mulheres que vivem sufocadas sem se amarem.
Não há como esquecer igualmente aquelas que vendem o corpo, às vezes só porque não têm comida.
Ainda é difícil ser mulher no sentido pleno de igualdade de direitos, mas hoje é dia de união. Hoje, as mulheres unem-se e lutam pelo que acreditam, ou melhor hoje vão jantar e quem sabe haja stripers.
Feliz dia internacional da mulher!

P. S.: Não tenho nada contra os jantares da mulher. O texto é apenas uma reflexão sobre a longa caminhada para a igualdade que ainda temos de fazer.

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